O turismo de Benedito Novo, Doutor Pedrinho, Indaial, Rio dos Cedros, Timbó e região promete muitas novidades aos seus turistas (e também moradores) neste ano.

À frente de todos os projetos que estão sendo elaborados para fomentar esse setor está a nova presidente da Instância de Governança da Região Turística do Vale Europeu, Cíntia Mara Panini – um marco na história da Instância que, até então, nunca teve como representante alguém que viesse de um município de interior.

Faz apenas duas semanas que ela assumiu o cargo e, em uma entrevista concedida à redação do Café Impresso junto à vice-presidente, Arlete Regilene Scoz, se mostra motivada e com amplo suporte para tirar as ações do papel.

“O setor de turismo sempre foi uma grande paixão na minha vida. Temos outros seis diretores, que representam respectivos setores, para pensarmos juntos em propostas e melhorias, afinal, nenhuma cidade será mais ou menos beneficiada. Algo que definimos desde o primeiro instante é que todos irão receber a mesma atenção e que nossa missão é o desenvolvimento da região turística como um todo”, garante Cíntia.

A Instância de Governança nada mais é que a organização, coordenação, acompanhamento e gestão da região turística; o Vale Europeu, a qual, abrange 19 municípios, envolvidos no planejamento e desenvolvimento do Turismo Regional: Apiúna, Ascurra, Benedito Novo, Blumenau, Botuverá, Brusque, Canelinha, Doutor Pedrinho, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Luiz Alves, Major Gercino, Nova Trento, Pomerode, Rio dos Cedros, Rodeio, São João Batista e Timbó. Com representatividade do poder público, iniciativa privada, o terceiro setor e a sociedade civil organizada.

Cadastur vira exigência do Ministério

A primeira missão da nova gestão, explica a presidente, foi definir o que cada diretor vai fazer para desenvolver o turismo na sua região. Outro assunto abordado por Cíntia é a cobrança do Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos do MTur (Cadastur) nas instituições.

Segundo Cíntia, agora em 2019 ocorrerá a atualização do Mapa de Turismo Nacional, sendo que só serão considerados os municípios que apresentem empreendimentos com Cadastur. “Esse cadastro é exigido pelo Ministério do Turismo de forma obrigatória aos guias de turismo, instituições de ensino do sistema S (Senac, Senai e Sesi), faculdades no geral, agências de viagens e/ou turismo, vans e taxistas que trabalhem com transporte turístico, organizadores de eventos, parques temáticos, acampamentos turísticos e os meios de hospedagem. Todo edital de licitação que preveja a contratação de serviços de organização de eventos, treinamentos e ou transporte, deve exigir como documento para habilitação das pessoas jurídicas a apresentação do certificado de cadastro junto ao Ministério do Turismo – Cadastur. Já as empresas que prestam serviços para eventos têm o cadastramento facultativo. Atualmente aconselhamos que todas as prestadoras de serviços, compreendendo os meios de alimentação, façam seu cadastro, com a finalidade de profissionalizar e fortalecer a região turística perante o Ministério do Turismo e, automaticamente, ajuda os municípios a subirem de categoria, esclarece Arlete.

Unidos pelo turismo

Hoje, segundo Cíntia, essas categorias são o que permitem que o município seja reconhecido como destino turístico. “Se você estiver na Categoria E, por exemplo, quer dizer que não possui hospedagem. A maioria das cidades estão na categoria D, somente Pomerode é “C” e Blumenau é “B”. Por isso estabelecemos em reunião que cada diretor vai se comprometer a exigir o Cadastur e colocar sua respectiva cidade na rota turística de Santa Catarina e, por consequência, do Brasil”, detalha Arlete.

De forma simultânea a essas propostas, também surge outro desafio: a arrecadação de verbas para manutenção das atividades da Instância. “Participamos de feiras, em estande com Santur, eventos como este nos possibilitam o contato com o público alvo, que são as agências de viagens/turismo, mas é necessário melhorar nossa apresentação e toda ação gera custo”, justifica Cíntia.

Sejam assuntos de maior ou menor complexidade, tudo o que é definido precisa ser feito de forma democrática, ou seja, por votação. “Fato é que todos querem e, mais do que isso, merecem ser lembrados. Sempre acreditei que os municípios pequenos têm a mesma capacidade de desenvolver seu turismo quando comparados aos grandes, apenas é preciso focar no que há de melhor no seu local”, analisa.