Morcegos atacam pessoas em Indaial

Convivência entre humanos e morcegos em áreas urbanas tem se tornando cada vez mais frequente. Essa proximidade também pode resultar em consequências desagradáveis como mau cheiro, ruídos e até mesmo mordeduras.

22/05/2019 - 14:29 hs
Foto: Divulgação/Internet

A convivência entre humanos e morcegos em áreas urbanas tem se tornando cada vez mais frequente devido à abundância de alimentos e abrigos disponíveis. Essa proximidade também pode resultar em consequências desagradáveis como mau cheiro, ruídos e até mesmo mordeduras.

A Vigilância Epidemiológica de Indaial tem registrado um caso de mordida em humanos, em 2018, e dois, em 2019. Caso uma pessoa seja mordida por morcego deve procurar a unidade de saúde mais próxima. Se for encontrado um morcego doente ou morto, a recomendação é levá-lo até a Vigilância. Para o recolhimento do animal deve-se evitar o contato direto das mãos com o morcego. Quem tem cachorros ou gatos no imóvel deve providenciar a vacina contra raiva para os animais, pois se o morcego morder um deles o cachorro ou o gato podem se tornar transmissores da raiva.

Os morcegos são mamíferos que voam, possuem hábitos noturnos ou crepusculares, orientam-se através de sons de alta frequência e vivem de 10 a 30 anos. O período de gestação varia de dois a sete meses, de acordo com a espécie, ao fim da qual nasce, geralmente, um único filhote.

Geralmente os animais encontrados nas cidades são os insetívoros e os fitófagos (frugívoros e nectarívoros). Os morcegos insetívoros são os mais abundantes, pois a iluminação atrai grande quantidade de insetos, sua única fonte conhecida de alimento. Eles abrigam-se nas edificações e encontram nos detalhes arquitetônicos, na má conservação dos edifícios e nas falhas de construção e/ou de estrutura espaço para se alojarem. Pequenas aberturas são suficientes para permitir seu acesso aos abrigos. Os morcegos fitófagos, por sua vez, preferem abrigar-se em folhagens, mas também podem utilizar edificações. Para tanto, necessitam de aberturas maiores, que lhes permitam entrar voando nos abrigos.

Cabe ressaltar que não existe parentesco direto entre o morcego e o rato. Morcegos não roem, não fazem buracos e não constroem ninhos.

Uma vez constatada a presença de morcegos na edificação, siga os procedimentos para desalojar esses animais:

- Observe onde estão localizados os morcegos. A presença de suas fezes, chiados e ruídos podem auxiliar na sua localização;
- Verifique os espaços abertos por onde eles saem e entram e os horários nos quais isso ocorre;
- Vede de modo permanente as demais aberturas existentes, deixando somente aquelas utilizadas pelos morcegos; 
- Aguarde, no horário estabelecido, a saída dos morcegos e vede essas aberturas com material provisório (jornais ou panos). Os morcegos que saírem estarão impossibilitados de retornar aos abrigos. No mesmo horário do dia seguinte, retire o material provisório, permitindo a saída dos morcegos que tenham, eventualmente, permanecido no abrigo; 
- Vede definitivamente as aberturas de entrada e saída dos morcegos; 
- Juntas de dilatação dos prédios devem ser vedadas com material apropriado.

Todos os morcegos, independentemente do seu hábito alimentar, podem morder se forem perturbados. Se estiverem contaminados podem transmitir a raiva, que é uma doença sempre fatal, na ausência de tratamento apropriado. Portanto, evite o contato direto com o morcego. Existem alguns produtos, como a naftalina, que, em algumas situações, funcionam como repelentes para morcegos.

Fonte: Prefeitura de Indaial