Primeira escola de Timbó será reformada

Governo Federal anunciou que irá destinar mais de R$ 1 milhão para reformar o local

Por Aline Christina Brehmer 21/06/2019 - 10:28 hs
Foto: Marcelo Dias/Jornal Café Impresso

Em Timbó, o bairro Pomeranos é um dos que abriga diversas relíquias culturais, e uma delas está localizada logo ali, na estrada geral: é a Escola Rural, que fica ao lado da Casa do Professor (também tombada como patrimônio histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Ipham)).

Estima-se que ambas as construções tenham sido feitas em meados do século XIX. A Escola Rural, uma construção enxaimel de um andar que está abandonada há anos, agora irá ser reformada.

A notícia foi divulgada pelo Governo Federal nesta semana. Dos R$ 12,3 milhões liberados para restaurações e melhorias em prédios tombados como patrimônio histórico brasileiro, essa antiga escola timboense irá receber R$ 1.107.955,53.

A novidade foi comemorada pelo prefeito Jorge Kruger. “Todo o projeto de restauro será desenvolvido pelo Ipham. Há cuidados específicos e critérios que devem ser rigorosamente seguidos pela prefeitura. Acredito que na próxima semana uma reunião será feita para entendermos e esclarecermos melhor de que forma isso tudo irá acontecer”, diz.

Sociedade Recreativa e Casa do Jardim Botânico

O prefeito destaca que o poder público vem já há algum tempo demonstrando preocupação com a preservação do patrimônio histórico cultural. “Um exemplo disso é a recente aquisição da Sociedade Recreativa Cultural, uma obra datada na década de 50 e que foi adquirida pelo valor de R$ 1.800.000,00. Ainda estamos em fase de finalização de projeto, mas desejamos fazer uma concessão e transformar esse espaço em um mercado público”, explica.

“Em meio a isso, sabemos também do custo que envolve a reforma de uma construção como as citadas (entre outras), por isso recebemos com muita alegria essa notícia do Governo Federal, afinal, é de suma importância reativar esses locais que são importantíssimos para a história e cultura de nossa cidade, como é o caso da Escola Rural, que é a primeira escola de Timbó”, complementa Kruger.

Ele garante que o poder público irá continuar buscando recursos para viabilizar reformas em outras obras tombadas pelo Ipham. “Existia um projeto de revitalização da casa localizada no Jardim Botânico e nós iremos novamente atrás disso, a fim de conseguir obter esses recursos e manter viva, através dessas ricas e belas construções, a história de nossa cidade”, garante.

Origem dos recursos

O recurso acima dos R$ 12 milhões, que foi liberado pelo Governo Federal, é proveniente de condenações judiciais, multas e indenizações repassadas ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça, para reparação de danos causados ao meio ambiente, consumidor e a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.

Os prédios e cidades contemplados com essa verba foram selecionados por meio de um edital lançado em abril deste ano, sendo que os recursos serão liberados em até três parcelas, previstas para 2019, 2020 e 2021.

Além de Timbó, as outras cidades contempladas foram Itaiópolis, em Santa Catarina, que irá receber R$ 530.383,09; Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que irá receber R$ 5.641.278,06; Manaus, no Amazonas, que vai receber R$ 2.607.820,16 e Maragogi, em Alagoas, que vai receber R$ 2.389.883,89. É possível conferir a lista mais detalhadamente acessando www.cultura.gov.br.