Uma corrente de Fé e solidariedade pelo Adriano

Aos nove anos Adriano enfrenta uma difícil batalha e, em meio a muitos desafios, sua família busca auxílio

Por Aline Christina Brehmer 05/07/2019 - 16:21 hs
Foto: Marcelo Dias

Um sonho? Poder voltar a ir para a escola e frequentar as aulas. Sim, aos nove anos de idade, é isso que Adriano Steinert Oliveira Júnior mais quer. Na lista dos seus desejos também estão voltar a andar de bicicleta, visitar amigos e parentes e poder sair de casa.

Em um curto espaço de tempo de apenas 11 meses, sua vida mudou completamente. Em agosto de 2018 ele e sua família iniciaram uma verdadeira luta contra o tempo para salvar sua vida e vencer o grande vilão dessa história: o câncer.

Ainda criança, Adriano já resistiu a dez paradas cardiorrespiratórias, ficou mais de 20 dias internado na UTI, perdeu a visão e a capacidade de andar. Mas, quem olha para ele nos dias de hoje, consegue traduzir no seu olhar apenas um sentimento: esperança.

Luta pela vida

Junto dos pais Adriano Oliveira, de 43 anos, e Iraci Steinert, de 40 anos, o Adriano têm encarado com determinação e força os dias difíceis. Quem também se mostra importante aliado nessa situação são seus irmãos Adriana Vitória, de quatro anos, e Adriel Adriano, de sete anos.

A família mora de aluguel em uma casa localizada no bairro Araponguinhas, em Timbó. Ali, os três irmãos dividem um quarto e os pais outro. Hoje, devido à condição de saúde de Adriano Júnior, Iraci optou por sair do seu emprego e se dedicar ao filho, auxiliando nas medicações e também o acompanhando em viagens até Blumenau, no Hospital Santo Antônio, onde ele faz suas sessões de quimioterapia.

“Ele faz quimioterapia com aplicação direto na veia, é o que tem mantido ele vivo até hoje. Em dezembro saí do meu trabalho para ficar com ele e encaminhei o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que me daria direito a um salário mínimo, mas não saiu ainda. Faz sete meses que estou aguardando”, explica Iraci.

Em busca de auxílio

Hoje, a família depende exclusivamente do salário de Adriano (pai), que quase não supre as contas essenciais que são o aluguel, mercado, água e luz. Com a chegada do inverno, Iraci desabafa que não tem como comprar roupas quentes para seus filhos.

“Os dias estão ficando cada vez mais frios e eles não têm roupas do tamanho deles para passar o inverno, nem calçados. Os colchões também estão muito finos, faltam cobertores. Temos comida, mas é tudo contado. Também compramos outros remédios que o Adriano preciso e, por isso, temos pedido por doações. Qualquer ajuda é mais do que necessária e bem-vinda para nós”, desabafa Iraci.

O remédio que custa R$ 30 mil

À parte de toda a situação relatada acima, há outro fator que também preocupa muito a família. Hoje, diante de um diagnóstico que confirma que Adriano tem Linfoma Anaplásico de Grandes Células Grau 4, apesar de estar sobrevivendo devido às sessões de quimioterapia, sua única chance é fazendo um transplante de medula – mas existe um longo caminho até lá.

Antes de entrar na lista de espera para o transplante, Adriano precisa tomar durante no mínimo três meses uma medicação chamada Crizotinibe, cuja caixa com 60 comprimidos (que dura um mês) custa R$ 30 mil.

“Nós fizemos há algum tempo uma rifa para arrecadar fundos e conseguimos um valor. Começo da semana tínhamos R$ 11 mil nessa conta ainda, porque fomos obrigados a tirar algo para pagar as contas e comprar comida. Quando fui olhar a última vez o saldo, ontem, o valor já tinha aumentado para R$ 14 mil, então ainda faltam R$ 16 mil para comprar uma caixa. Nós já estamos entrando com toda a documentação para dar início à Ação Judicial e conseguir esse remédio gratuitamente, até porque ele será de uso contínuo, mas o Adriano está lutando contra o tempo e esse processo é demorado, por isso, infelizmente, não podemos aguardar até ele ser finalizado. Precisamos conseguir comprar uma caixa o quanto antes”, explica Iraci.

Segundo os médicos explicaram para ela, caso haja progressão da doença ou, caso o câncer não regrida, há risco eminente de que Adriano venha a óbito.

Primeiros sintomas

Mas, afinal, como e quando Adriano foi diagnosticado? Segundo sua mãe, em agosto do ano passado – mas os exames para descobrir o que ele tinha já haviam iniciado dois meses antes.

O principal sintoma do menino eram inchaço na área do pescoço, perda de peso e febre alta, que passava dos 40ºC. Caxumba, gripe e infecção na garganta foram alguns dos diagnósticos dados à família antes de descobrir o que Adriano realmente tinha.

Ao ser confirmado que era câncer, mesmo sem saber qual tipo exatamente, o menino foi encaminhado ao HSA para iniciar a quimioterapia (que continua fazendo até hoje).

“Ele estava, literalmente, morrendo sufocado. A quimioterapia foi iniciada sem saber qual era o tumor que ele tinha, porque não havia como esperar, ele estava inchado demais. Chegamos a ir para o hospital achando que seria a última vez que o veríamos. Após uma transfusão de sangue ele acabou sendo infectado por uma bactéria e ficou 21 dias internado, sendo dez deles na UTI. Ele teve dez paradas cardíacas, perdeu a visão e não conseguia andar. Meu filho sobreviveu a tudo isso, voltou a enxergar e está melhor. Por isso acredito e tenho fé, assim como ele e toda a nossa família, que iremos vencer essa batalha também”, confidencia Iraci.

Agora, uma nova batalha se inicia

E essa corrente de Fé que chega por todos os lados, em forma de ajuda e doações, à família de Adriano, agora se torna ainda mais necessária. Isso porque na próxima semana um novo diagnóstico será recebido.

“Descobrimos que o Adriano tem câncer nos ossos em três partes do corpo. Foi feita e biópsia e aguardamos os resultados das biópsias, que deve, chegar na semana que vem. Já na segunda-feira o Adriano tem quimioterapia de novo, então está sendo muito, muito difícil, ainda mais porque temos outros dois filhos pequenos que também estão sofrendo com toda a situação e precisam de nosso apoio e amor. A certeza de que temos Deus do nosso lado, assim como tantas pessoas que têm nos ajudado, verdadeiros anjos, é que nos dá força nesse momento”, agradece Iraci.

Doações

A conta de Iraci, na Caixa Econômica Federal (CEF), é:

Agência: 0809

Operação: 013

Conta: 51.593-0

Para saber de que forma você pode ajudar a família, Iraci deixa seu contato de telefone e WhatsApp à disposição, que é o (47) 99293-3671.