No decorrer da rica história que marca os 150 anos de Timbó, é incontável o número de pessoas, entidades e grupos que colaboraram com ao desenvolvimento da cidade e, principalmente, da cultura.

Nossa Pérola do Vale é rica de diversas formas – e uma delas é no âmbito musical. É nessa linha que o Café Impresso buscou trazer um pouco sobre as histórias de bandas e grupos que nasceram aqui, como o Syahamba.

Interpretar músicas de qualidade com um vocal aperfeiçoado e diferenciado – foi com essa proposta que, há 21 anos, surgiu o Grupo Vocal Syahamba, em parceria com a Fundação Cultural de Timbó (FCT).

Hoje o grupo é composto por Camila Bona (contralto), Cristiano Florêncio (regente e baixo), João Roberto Idésio (tenor) e Jussara Zermiani Florêncio (soprano). Mas, em 1999, tudo era muito diferente.

O grupo começou com crianças e adolescentes e seu nome era Coral Infanto-Juvenil da Fundação Cultural de Timbó. Eram apenas oito integrantes na época, mas com o passar dos anos esse número aumentou para 16.

Nas últimas duas décadas, o Syahamba realizou diversas apresentações e, simultaneamente, se dedicou a ensaios e aulas de preparação vocal. “O reportório tem enfoque na Música Popular Brasileira (MPB) e a maior parte dos arranjos das músicas são minhas”, comenta Florêncio.

O nome da banda, inclusive, também está ligado ao MPB. A palavra Syahamba significa “Nós estamos caminhando”. A palavra vem de um dialeto da língua Africâner, muito usado no Sul da África.

“O africano tomou parte da vasta formação do canto brasileiro e certamente foi o contato dele que vez com que nossa rítmica alcançasse a variedade que tem hoje”, reflete o regente do grupo.

Mas ele destaca que o Syahamba também agrega outros estilos em suas composições, como os das bandas Beatles e Villa Lobos, por exemplo. “Hoje é possível dizer que o Syahamba se tornou uma referência de conjunto vocal de qualidade e refinamento técnico, realizando apresentações tanto em Santa Catarina quanto Brasil afora”, evidencia Florêncio.