Como driblar a lista de material escolar?

Papelarias registram alta no número de vendas

Por Aline Christina Brehmer 21/01/2019 - 08:55 hs
Foto: Marcelo Dias/Jornal Café Impresso

Caderno, lápis, mochila, lápis de cor, caneta, borracha. Quem é pai ou mãe já sabe como essa lista continua e neste ano, com o início das aulas antecipado, as compras do material escolar também começaram mais cedo.

Talvez essa seja a razão pela qual a expectativa de vendas para Leonar (a Ná) e Sérgio Hoffmann, proprietários da Ná Papelaria de Timbó, já foi superada. “Registramos um movimento melhor que ano passado por esses mesmos dias. A procura está grande, mas é provável que as vendas aumentem mesmo no decorrer das próximas semanas”, comenta Sérgio.

Na essência, as listas de material são muito parecidas, mas para cada um dos itens exigidos neste ano letivo há uma infinidade de opções – e valores. “Há quem opte pelos produtos mais tradicionais e outros que procuram algo diferenciado. Está muito em alta os personagens e desenhos, como unicórnios e lhamas, o que acaba agregando valor, seja em um caderno, lápis ou mochila”, analisa Ná.

Bom preço com qualidade

O casal revela que, em média, a compra de uma lista completa de materiais do ensino fundamental fica na faixa dos R$ 120,00, isso se forem escolhidos os produtos mais básicos e tradicionais.

“Esse valor, importante ressaltar, é só do material, sem mochila, penal e itens do gênero. Mas nós temos produtos de todos os valores aqui. É comum que as pessoas que vêm orçar com a gente acabem voltando para fazer suas compras conosco”, destaca Sérgio.

Ele garante que independente do material escolhido na Ná Papelaria, a qualidade é garantida. “Neste ano estamos tendo uma alta procura por mochilas, muito maior se em comparação a 2018. No geral, todos os nossos produtos estão sendo vendidos e, no que diz respeito a reajuste nos preços, ficou dentro do esperado, sem pesar tanto no bolso do consumidor”, analisa o sócio proprietário da papelaria.

Pagamentos a prazo dominam o setor

Uma curiosidade citada por Juarez Cassaniga, que é proprietário da Dokassa Distribuidora, é a forma de pagamento. Segundo ele, muitas pessoas viajaram e tiveram muitos gastos no fim do ano passado, o que acaba obrigando-as a fazer as compras escolares a prazo.

“Ano passado a maioria já comprava tudo à vista, mas neste ano muita gente optou por parcelar em cinco ou mais vezes, comentando que a escolha é mesmo em decorrência das demais contas que têm a pagar e acabam comprometendo parte do orçamento mensal”, explica Juarez.

Como as aulas nas escolas municipais iniciam no dia 4 de fevereiro e nas estaduais no dia 11 do mesmo mês, a expectativa de vendas fica mesmo para os próximos dias.

“Essa é a previsão até porquê muitos precisam esperar a fatura do cartão fechar primeiro para, então, fazer uma nova compra. Mas em disparada o que mais temos vendido são os cadernos, mochilas, estojos e lápis de cor”, argumenta.

Em porcentagem, o acréscimo nos valores em geral ficou na faixa dos 6%, mas Juarez garante que independente do item escolhido nas lojas a qualidade é garantida.

“Quando se fala em material escolar não se deve dar chance somente para o preço, até porque o barato pode sair caro e, lá na metade do ano, os pais podem se ver obrigados a comprar novamente alguns itens que já tinham adquirido mas eram de má qualidade”, alerta.

Procon Timbó orienta pais sobre a compra de materiais escolares

Com o objetivo de auxiliar os consumidores na compra dos materiais escolares, o Procon Timbó listou uma série de itens que não podem ser exigidos nas listas de materiais escolares em instituições de ensino públicas e privadas.  “Muitas escolas ainda insistem em colocar nas listas de materiais itens de uso coletivo e de expediente, o que não é permitido conforme a Lei 12.886/2013”, ressaltou Carlos Roberto Brodwolf, coordenador geral do Procon Timbó. 

De acordo com Brodwolf, os pais devem ficar atentos às exigências feitas pelas escolas, para que não haja abusos. Em caso de dúvidas, o consumidor pode entrar em contato com o Procon Timbó no telefone 3399-0574, ou pessoalmente na Av. 7 de Setembro, 595, Centro.

Confira alguns itens que não devem ser exigidos nas listas de materiais escolares:

• Álcool

• Argila;

• Balde de praia;

• Balões;

• Bastão de cola quente;

• Bolas de sopro;

• Caneta para lousa;

• Carimbo;

• Copos descartáveis;

• Cordão;

• Creme dental;

• Elastex;

• Esponja para pratos;

• Estêncil a álcool e óleo;

• Fantoche;

• Fita dupla face;

• Fita para impressora;

• Fitas decorativas;

• Fitilhos;

• Flanela;

• Garrafa para água;

• Giz branco e colorido;

• Grampeador e grampos;

• Isopor;

• Jogos (com exceção de jogo pedagógico);

• Lenços descartáveis;

• Livro de plástico para banho;

• Maquiagem;

• Marcador para retroprojetor;

• Material de escritório;

• Material de limpeza em geral;

• Medicamentos;

• Palito de churrasco;

• Palito de dente;

• Papel higiênico;

• Papel ofício colorido;

• Piloto para quadro branco;

• Pratos descartáveis;

• Pregador de roupas;

• Sacos plásticos;

• Toner para impressora;

• Trinchas.